LIVROS QR

Ler para Ser Maior - projeto aLer+

Produção de comentários críticos sobre obras lidas para criação de códigos QR colocados nas contracapas dos livros da biblioteca e nas redes sociais.

LIVROS QR: História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
    
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Apreciação crítica produzida no âmbito da leitura orientada em Português - 6º ano

 
  Esta história é sobre a filha de uma gaivota que não chegou a conhecer a mãe porque esta morreu por estar coberta de petróleo. Foi o gato Zorbas que, com a ajuda de outros gatos do porto de Hamburgo, a criou. Mas a tarefa mais difícil foi ensinar a gaivota a voar. Para isso, quebrou a lei dos gatos e falou com um poeta que o ajudou, conseguindo ensinar a gaivota a voar.
  Eu gostei da parte em que a gaivota nasceu, pois fiquei emocionado ao ver que a pequena ave pensava que o gato era a sua mãe. A parte que menos gostei foi a inicial, porque fala sobre a poluição marítima e fez-me pensar que morrem animais todos os dias por essa razão.
  A minha personagem favorita é o gato Zorbas, porque nunca desistiu de ajudar a pequena gaivota a voar e sempre a protegeu dos gatos maus e das ratazanas. A personagem de que menos gostei foi a chimpanzé, pois irrita-me que estivesse sempre a implicar com os gatos.
  Concluindo, eu gostei desta história porque mostra o que é a amizade, porque o gato Zorbas precisou em várias ocasiões dos seus amigos e eles sempre o ajudaram. Nesta história também há muita lealdade visto que os gatos cumpriram sempre as promessas que fizeram à gaivota e não descansaram enquanto não conseguiram cumpri-las.
 
João Sousa, 6º D
 

LIVROS QR: Os óculos de Charlita em Os da minha rua

 
Apreciações críticas produzidas no âmbito do concurso "Todos a ler!" - 7º ano
 

  Os “Óculos de Charlita” é um conto que, em primeiro lugar, nos dá a conhecer a forma como o autor viveu a sua infância em Angola. Fala-nos das brincadeiras de rua, dos avós, dos lanches, dos camiões que passavam, dos amigos e dos vizinhos.

  Fala-nos também de um país pobre e de uma grande família, a do senhor Tuarles. Ele tinha cinco filhas, todas elas viam mal, tão mal que deixavam de brincar mal começava a anoitecer. Todas elas eram obrigadas a dividir o mesmo par de óculos com Charlita, a única que tinha viajado até Portugal.

  Apesar de serem grandes, amarelos e feios, os óculos de Charlita eram um objeto muito importante, pois eram a única forma de todas as cinco irmãs conseguirem ver os sorrisos das personagens na televisão. Por ser a sua dona, Charlita considerava-se a mais importante. Os óculos de Charlita são assim a forma encontrada pelo autor para falar de uma forma divertida sobre um assunto que é, de algum forma, triste.

Beatriz do Mar Caldeira, 7º B

  Do meu ponto de vista, o conto faz-nos refletir sobre a pobreza de algumas pessoas, nem estas tendo dinheiro até mesmo para comer e para o bem-estar físico e psicológico mínimo. O conto também realça a felicidade das crianças do bairro em divertirem-se com coisas muito simples, como por exemplo correr atrás do camião do lixo, que a nós nos parece estúpido, mas aquelas crianças não conheciam mais nada para além das suas humildes vidas e brincadeiras.

  Outra vertente que o conto indica é que mesmo não tendo quase nada, Charlita partilhou os óculos com a sua família, sendo estes um dos seus poucos pertences. No conto, Charlita revela muita solidariedade e amor pela sua família, coisa que a geração Tic-toc tem dificuldade em fazer.

  Quando eu li o conto, realmente fiquei chocado. Pensar que alguém poderia viver naquelas condições fez-me refletir sobre o meu próprio modo de vida, por exemplo, quando me chateio sem nenhuma razão aparente, exigindo coisas para além do possível.

Sebastião Veloso, 7º E

LIVROS QR: O Tesouro em Contos

  O conto “O Tesouro” foi escrito por José Maria de Eça de Queirós, um grande escritor português.

  Esta narrativa transmite um lado “obscuro” do ser humano, recorrendo a sentimentos, tais como egoísmo e ganância. Inicialmente, a ação é apresentada num lugar calmo e tranquilo, o qual podemos descrever como “locus amoenos”. Mas a amizade e fraternidade que revelam vai-se desvanecendo a partir do momento em que três irmãos encontram um grande tesouro. Aqui os seus verdadeiros valores sobressaem, a ganância e a infidelidade, e permanecem até ao desenlace da ação. Entre discussões, perguntas e respostas, o grande dilema é saber como transportar a descoberta até Medranhos (a sua terra).

 Ao longo do texto, conseguimos verificar que a personalidade dos protagonistas se vai agravando, conforme as ações cometidas. Vai sobressaindo um caráter obscuro, sombrio, que se relaciona com um real “locus horrendus”. Neste ambiente, o autor pretende realçar a solidão, o lúgrube, utilizando vários elementos naturais, como os “corvos” ou a “relva negra”…

  No meu ponto de vista, os três irmãos eram excessivamente orgulhosos e todos apresentavam diferenças. Guanes era muito esperto, pois fora ele quem planeara a morte dos dois irmãos, desde o início, ao comprar somente duas garrafas de vinho e ao colocar-lhes veneno. Rostabal era o mais inocente, uma vez que não matou por iniciativa própria. Rui era o “avisado”, segundo o autor, pelo facto de, após a morte dos dois irmãos, só pensar na riqueza.

 Concluindo, “O Tesouro” é uma obra que requer muita atenção ao nível da interpretação e que nos alerta para não sermos fúteis e materialistas.

Beatriz Rodrigues, 8º E

LIVROS QR: Leandro, rei de Helíria

  Esta obra de Alice Vieira é de facto um livro muito interessante que transmite uma grande lição de moral e que nos dá a conhecer a diferença entre um amor verdadeiro e um amor falso.

  Tudo começa através de um sonho e a partir daí, o Rei decide abandonar o seu reino e dá-lo a uma das suas filhas. Passado algum tempo, Amarílis e Hortênsia abandonaram o seu pai e ele teve “que se fazer à estrada” com o seu Bobo. O que achas da atitude das princesas? A expressão “persona non grata” identifica-as mesmo bem, a expressão significa que a pessoa é ingrata, má, desonesta, no meu ponto de vista é uma pessoa “que não tem coração” mas por outro lado, também se aplicou a Violeta, em relação ao seu pai, uma vez que o Rei considerou a própria filha mais nova uma “persona non grata” ao expulsá-la do reino.

  O Rei e o seu Bobo caminharam, caminharam até que o “Rei” começou a perder os sentidos e acabou por ficar cego e com outros problemas, então o Bobo teve que ser o seu “pilar”. Passado uns dias o Bobo encontrou uma gruta e um pastor, este reconheceu-os e foi a correr contar tudo a uma certa pessoa. Quem será? Deixo-vos na curiosidade…

  Acho que já ficaste “em pulgas” … lê a obra. Não te vais arrepender! Eu adorei e tenho um pressentimento que tu também vais gostar!

Benedita Teixeira, 7º D

  Gostei bastante desta obra, pois transmite-nos que, por vezes, as palavras ou as frases que dizemos são mal-interpretadas e isso pode prejudicar-nos, como tal devemos sempre deixar as pessoas justificarem-se. A filha mais nova do Rei, Violeta, não foi bem interpretada pelo pai, quando quis demonstrar o amor que sentia por ele, ao dizer que o amava tanto como a comida precisa do sal.

  Para além disso, a obra também nos mostra que devemos sempre pensar no que dizemos e no que fazemos antes de agir, caso contrário, poderemos vivenciar aquilo que aconteceu ao Rei, sofrendo as respetivas consequências – ser desprezado pelas filhas, Amarílis e Hortênsia, a quem confiou o seu reino.

  Esta obra, para além de ter duas lições de moral, é uma obra interessante e sobretudo cativante, chamando a atenção do leitor para a importância deste sentimento que é o Amor e despertando muita curiosidade para a sua leitura. 

Rodrigo Carmo, 7º D